sábado, 26 de julho de 2014

Independência do Brasil


Como sabemos, Pedro Álvares Cabral chegou ao Brasil em 1500. Desde essa data, o território passou a ser mais uma colônia de Portugal.

 Durante 322 anos, Portugal mandou em tudo no Brasil: no comércio, nas pessoas, na política. Fazia as leis, tomava as decisões e trazia as riquezas para a metrópole: ouro, pedras preciosas, madeiras raras e tudo o que valesse bom dinheiro... Este tipo de relação chamava-se o "pacto colonial".
No século XVIII surgiram e cresceram ideias de liberdade e de independência, que resultaram, por exemplo: - na independência dos Estados Unidos da América 1776);- na Revolução Francesa (1789).
Não foram coisas pacíficas: morreu gente, houve violência e lutas de todos os tipos, sangue, injustiças... o "costume".
 O poder dos reis diminuiu, colónias tornaram-se em países independentes (o México, os EUA - só para dar dois exemplos) e começaram novas formas de governo, sobretudo na Europa.
Tudo isto não aconteceu sem revoluções e guerras. Houve várias na Europa, porque muitos países queriam mandar noutros e por isso invadiam-nos.
Desembarque da família real portuguesa no Brasil.


No Brasil, logo a partir de 1789, houve vários movimentos e lutas daqueles que queriam a independência, mas Portugal não deixava. (Adivinha porquê... Se não adivinhares volta ao segundo parágrafo.)
Em Portugal, por causa das invasões francesas (que "nasceram" destas mudanças todas), a corte mudou-se toda para o Brasil.
 Do Brasil, o rei D. João VI governava Portugal e o Brasil, mas como teve de regressar a Portugal por causa de outras revoltas nacionais (1820), deixa o seu filho, D. Pedro como regente (ficava ele a mandar).
Em 1822, D. Pedro declara a Independência do Brasil com o Grito do Ipiranga, proclamado nas margens desse rio.  Mas o que parece simples, nunca é.

 
D. Pedro, filho de D. João VI, chegou ao Brasil com 9 anos, quando a corte portuguesa teve de fugir para escapar às invasões francesas, por isso cresceu lá. Em 1822, no Brasil o tema do dia era a Independência, mas havia os que eram contra isso, claro, os da "facção portuguesa". D. Pedro era pela independência, e lançou dois manifestos: Num pedia a união de todos para a independência... mas sem romper com Portugal, claro.
No outro, escrito por José Bonifácio, convidava os países ricos a continuarem a negociar com o Brasil.
 A 14 de Agosto de 1822, D. Pedro viajou do Rio de Janeiro para São Paulo para resolver um problema político. D. Leopoldina, a sua mulher, ficou no poder durante sua ausência.
Quando as coisas estavam resolvidas e ele seguia para Santos, chegaram ordens das Cortes (de Portugal): D. Pedro deveria voltar para lá naquele instante, José Bonifácio seria julgado, e um novo ministério seria criado para colocar ordem naquela "trapalhada".

Tudo isso destruía todas as medidas de D. Pedro! D. Leopoldina e José Bonifácio mandaram-lhe mensageiros com essas notícias.
Um deles encontrou-o nas margens do rio Ipiranga, em São Paulo. Era a tarde de 7 de Setembro de 1822. D. Pedro leu os decretos e decidiu logo proclamar a independência do Brasil, senão ficava prisioneiro das Cortes. Trinta e oito pessoas assistiram: D. Pedro desembainhou a espada, ergueu-a alto e gritou:

- INDEPENDÊNCIA OU MORTE!

Foi muito importante ser D. Pedro, filho de D. João VI, o rei de Portugal, a proclamar a independência, e não uma pessoa qualquer.

Por isso, o Brasil foi praticamente o único país da América Latina a continuar com a monarquia (no caso, com um imperador).
 Todos os outros logo proclamaram a República. O Brasil continuou igualzinho como era antes. A independência do Brasil só aconteceu quando as classes dominantes desse país tiveram a certeza de que iam continuar a ter poder.
Como havia pessoas descontentes (sobretudo os grandes proprietários de terras do Norte) que queriam que o Brasil ficasse como colónia, a Guerra da Independência começou em 1822 e durou um ano. (Naturalmente, Portugal ajudou... os descontentes, claro!)
 D. Pedro I contratou à pressa soldados estrangeiros para lutar, com dinheiro emprestado pela Inglaterra (que estava a lucrar com tudo isto, visto que também tinha ajudado Portugal nas Invasões Francesas...).
Quando um território se torna independente, os outros países devem reconhecê-lo. O primeiro país a reconhecer o Império Brasileiro foram os EUA, em 1824. Depois foi o México, em 1825.
Os países europeus, como é hábito, queriam vantagens e faziam exigências para reconhecerem a Independência. Levou 11 anos!
 O caso mais complicado foi a Inglaterra. Não queriam ficar mal com Portugal, mas interessava-lhe que o Brasil fosse independente por causa dos negócios (como sempre...).
Espertos como são, fizeram com que D. Pedro I (que lhes devia dinheiro por terem ajudado na guerra) pagasse uma indemnização de 2 mil libras esterlinas (é muuuuuito dinheiro!) a Portugal.

O Brasil foi talvez o único país a pagar pela independência. Pudera, o imperador era português!
Mas foi pior: quem emprestou o dinheiro ao Brasil foi a Inglaterra!
E para que D. João VI não se sentisse ofendido, deram-lhe o título de imperador honorário do Brasil!
E Portugal reconhece a independência do Brasil em 1825.
 
 Um ótimo vídeo para melhor entendimento:
 
 
 
 Conteúdo retirado:

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