Goétia (Latim da Idade Média), do Grego γοητεία (goēteia - "feitiçaria").
Refere-se à prática de Invocação de Anjos ou a Evocação de Demônios descritos no grimório do séc. 17, The Lesser Key of Solomon (A Chave Menor de Salomão) que retrata a Ars Goetia em sua primeira seção. O texto que se segue refere-se a algum espírito ou elemento deste sistema de magia, no entanto, é altamente recomendável que iniciantes leiam o artigo raiz, onde a definição de Goétia pode ser encontrada.
Refere-se à prática de Invocação de Anjos ou a Evocação de Demônios descritos no grimório do séc. 17, The Lesser Key of Solomon (A Chave Menor de Salomão) que retrata a Ars Goetia em sua primeira seção. O texto que se segue refere-se a algum espírito ou elemento deste sistema de magia, no entanto, é altamente recomendável que iniciantes leiam o artigo raiz, onde a definição de Goétia pode ser encontrada.
A Arte Goética, (Latin, provavelmente: "A Arte de Uivar"), geralmente chamado simplesmente de Goetia, é a ensinada na primeira parte das Clavículas de Salomão, um grimório do século XVII. Este primeiro capítulo é conhecido como "Lemegeton Clavicula Salomonis" ou "A Chave Menor de Salomão" e nele são descritos todos os 72 Espíritos Infernais assim como todo o sistema que supostamente havia sido usado pelo rei Salomão."
A Goetia basicamente trata-se de um sistema de evocação multipropósital. O livro é dividido em três partes, a saber:
- A descrição dos 72 Espíritos e seus respectivos selos,
- uma descrição dos principais materiais usados na Evocação e por fim...
- as conjurações a serem usadas para chamar-se o espírito.
Os Demônios Goéticos são os 72 espíritos apontados nos três
versículos do Pentateuco, ou seja os cinco primeiros livros da Bíblia Sagrado
(Génesis, Êxodo, Levítico, Números e Deuteronômio).
Estes são espíritos Goéticos, de uma outra ordem; são
entidades muitíssimo primitivas, e que foram adoradas durante os primórdios da
humanidade. São deuses esquecidos que se tornaram demônios após a influencia
cristã, mas isto é uma hipótese, a experiência demonstrará a verdade.
Coincidentemente 72 pode ser o resultado da soma 66+6.
De qualquer forma estes são os 72 reis e príncipes poderosos
que, conforme conta o mito, o Rei Shlomo (Rei Salomão) encerrou em uma arca do
bronze junto com suas respectivas legiões. Dentre eles BELIAL, BILETH, ASMODAY
e GAAPeram os principais. Devemos notar que Shlomo parace ter feito isso por
puro orgulho, uma vez que nunca declarou as razões de ser impelido a agir
assim.
Sendo que estes quatro grandes reis são geralmente chamados
de Oriens, ou Uriens, Paymon ou Paymonia, Ariton ou Egyn e Amaymon ou Amaimon.
Pelos rabinos são conhecidos sob os nomes de: Samael, Azazel, Azael e Mahazael.
Tendo-os aprisionado selou a sua Arca, que através da
potencia divina foi encerrada numa gruta ou poço na antiga Babilônia. Passado
algum tempo alguns babilônicos desavisados encontraram a Arca e quiseram
abrí-la, imaginando que esta estivesse repleta de tesouros. Quando conseguiram
os espíritos principais imediatamente fugiram com suas respectivas legiões,
exceto BELIAL, que entrou em uma imagem e proferiu oráculos, sendo a partir de
então adorado com ritos e sacrifícios sangrentos, como uma divindade.
1. Rei Baal
2. Duque Agares
3. Príncipe Vassago 4. Marquês Samigina 5. Presidente Marbas 6. Duque Valefar 7. Marquês Amon 8. Duque Barbatos 9. Rei Paimon 10. Presidente Buer 11. Duque Gusion 12. Príncipe Sitri 13. Rei Beleth 14. Marquês Leraje 15. Duque Eligos 16. Duque Zepar 17. Conde/Presidente Botis 18. Duque Bathin 19. Duque Sallos 20. Rei Purson 21. Presidente Morax 22. Príncipe Ipos 23. Duque Aim 24. Marquês Naberius | 25. Conde/Presidente Glasya-Labolas
26. Duque Bune
27. Marquês/Conde Ronove 28. Duque Berith 29. Duque Astaroth 30. Marquês Forneus 31. Presidente Foras 32. Rei Asmodeus 33. Príncipe/Presidente Gaap 34. Conde Furfur 35. Marquês Marchosias 36. Príncipe Stolas 37. Marquês Phenex 38. Conde Halphas 39. Presidente Malphas 40. Conde Raum 41. Duque Focalor 42. Duque Vepar 43. Marquês Sabnock 44. Marquês Shax 45. Rei Vine 46. Conde Bifrons 47. Duque Uvall 48. Presidente Haagenti | 49. Duque Crocell
50. Cavaleiro Furcas
51. Rei Balam 52. Duque Alloces 53. Presidente Caim 54. Duque Murmur 55. Príncipe Orobas 56. Duque Gremory 57. Presidente Ose 58. Presidente Amy 59. Marquês Orias 60. Duque Vapula 61. Rei Zagan 62. Presidente Valac 63. Marquês Andras 64. Duque Haures 65. Marquês Andrealphus 66. Marquês Cimejes 67. Duque Amdusias 68. Rei Belial 69. Marquês Decarabia 70. Príncipe Seere 71. Duque Dantalion 72. Conde Andromalius |
História
Surgiu no século XVII, mas muito foi retirado de textos do
século XVI, incluindo o Pseudomonarchia Daemonum. É provável que os livros da
Cabala judaica e dos místicos muçulmanos também foram inspirações. Alguns dos
materiais na primeira seção, relativas à convocação de demônios, datam do
século XIV ou mais cedo.
O livro alega que ela foi originalmente escrita pelo Rei
Salomão, embora isto não seja provável. Os títulos de nobreza atribuídos à
demônios eram desconhecidos no tempo de Salomão. A Chave Menor de Salomão
contém descrições detalhadas dos espíritos e as condições necessárias para
evocá-los e obrigá-los a fazer a própria vontade. Ela detalha os sinais e
rituais a serem realizados, as ações necessárias para prevenir os espíritos de
terem controle, os preparativos que antecedem as invocações, e instruções sobre
como fazer os instrumentos necessários para a execução destes rituais. Os
vários exemplares existentes variam consideravelmente nas grafias dos nomes dos
espíritos. Edições contemporâneas estão amplamente disponíveis na imprensa e na
Internet.
The Goetia: The Lesser Key of Solomon the King de 1904 é uma
tradução do texto por Samuel Mathers e Aleister Crowley. É essencialmente um
manual que pretende dar instruções para a convocação de 72 diferentes
espíritos.
Passos para uma invocação:
Primeiros Passos
A primeira coisa a se fazer é escolher com qual espírito irá
se trabalhar. Este momento é de suma importância e dele dependerá o sucesso ou
não da evocação – uma forte motivação e um grande envolvimento emocional são de
grande ajuda neste momento. Para uma escolha sensata, o melhor a se fazer é ler
a descrição de cada um dos 72 espíritos para encontrar o que melhor se encaixa
(em personalidade e poder) com suas necessidades.
O sistema de evocação em si não guarda grandes segredos.
Seus elementos poderiam ser reduzidos a um mínimo composto por:
Baqueta – Ferramenta da vontade manifesta do magista
Círculo – Onde ficará o adepto protegido de qualquer
influência externa.
Triângulo – É o local destinado a manifestação do espírito
invocado, que lá estará contido e sob as ordens do mago.
Selo do Espírito – Cada um dos 72 espíritos possui seu
próprio selo, que será disposto no triângulo para a conjuração.
Hexagrama de Salomão e Pentagrama de Salomão – Usados na
proteção do mago.
Disco de Salomão - Usado em casos de emergência.
Segunda Parte
A segunda parte do livro contém descrições mais detalhadas
sobre cada uma destas ferramentas, bem como a de acessórios opcionais que em
sua maioria trarão maior eficiência ao rito.
Inicia-se então os preparativos para a evocação.
Certifique-se de que não será interrompido, tire o telefone do gancho, desligar
a campainha. . Comece colocando o Selo do espírito no triângulo e entrando no
círculo. O próximo passo é a realização de um ritual de banimento (como o
Ritual Menor do Pentagrama) seguido da Conjuração Preliminar do Inascido.
Chega-se a hora das Conjurações, começando pela Conjuração
Preliminar do Não-Nascido. O uso das invocações tais como seguem na terceira
parte do livro é geralmente usada simplesmente pela força que causa na psique
do mago e pelo seu sucesso já provado em diversas ocasiões. No entanto, mais
importante do que seguir um roteiro é envolver-se mental e emocionalmente com o
texto.
Algumas pessoas gostam de reescrever as conjurações de modo
a torná-las mais pessoais.
As Conjurações devem ser feitas até que se sinta a presença
do espírito invocado, isto pode ser notado por uma sensação visual do quarto
encher-se de neblina, queda súbita de temperatura, sensação de formigamento no
corpo, simples premonição, etc...
Com a chegada do espírito às ordens podem ser então dadas à
eles. Se for de seu desejo ver o espírito, na maioria das vezes terá que
ordenar que ele apareça.
Quando digo “ver” quero dizer as diversas formas de
manifestação sensória de um espírito: ele pode realmente se tornar visível,
pode tremular em uma imagem, surgir e desaparecer como um vulto na área do
triângulo, pode manifestar-se psiquicamente, aparecendo com detalhes na “tela
mental”, entre outros...
Os comandos para o espírito conjurado devem ser
obrigatoriamente expressos nas próprias palavras do adepto. As ordens ao
espírito deveriam ser claras, e talvez algumas restrições deveriam ser
impostas, como não ferir amigos e familiares, e quem sabe um prazo para que
seus pedidos sejam compridos.
Existem duas formas basicamente de se barganhar com um
espírito de Goétia. Pedindo, ameaçando-o ou recompensando-o. Na maioria das
vezes o espírito pode aceitar ou negar um pedido seu e não exigir nada em
troca. Alguns deles no entanto parecem ter uma certa tendência para a
negociação. Se for necessário ameaçasse um espírito dizendo que seu selo será
destruído.
Recompensa-os com a criação de uma nova cópia do sigilo
(seja ela um trabalho artístico, um grafite ou o que quer que seja.), embora em
casos mais complicados sacrifícios mais ousados sejam pedidos. Será comum você
“ouvir” o espírito lhe oferecer mais do que você realmente pediu tentando
persuadi-lo a desejar outras coisas. Permaneça firme em sua vontade inicial ou
acabará fechando contratos dos quais vai se arrepender depois. Na negociação
não é necessário ser estúpido como os magos medievais, muitos dos espíritos são
razoáveis e amigáveis, seja flexível, mas mantenha-se sempre no controle.
Feito isso pode se dar a licença para o espírito partir. Use
a versão fornecida pelo livro ou reescreva-a em uma forma mais pessoal. A
licença deverá ser declarada até não se sentir mais a presença do espírito.
Finalmente execute novamente o ritual de banimento. Recolha todos os acessórios
e o selo que agora está “ativado”, deverá ser guardado em um lugar seguro,
longe de mãos e olhos profanos.
Agora simplesmente aguarde o espírito cumprir sua missão.
Durante este período esteja pronto para manifestações como o aparecimento dos
espíritos em sonhos, a visão de vultos, ouvir o seu próprio nome falado alto em
uma hora perdida do dia, sensações de arrepio e formigamento e inclusive a
sensação do toque além de casos raros de poltergaist.
O sucesso é uma pratica freqüente neste sistema, mas em caso
de falha temos duas alternativas. Podemos simplesmente esquecer o ocorrido e
continuar nossas vidas, ou podemos dar um ultimato ao espírito. Para isso
conjure o espírito mais uma vez e ordene que complete sua missão em um numero
certo de dias sob a pena de ter seu selo torturado e/ou destruído. Na maioria
das vezes isso bastará para fazer-lo cumprir seu dever.
Esta é a base da
prática Goetica. O sistema se revelará especialmente eficiente para aqueles que
buscam poder, hedonismo e prazeres materiais. Na verdade as consequências podem
ser similares a que se tem com o jogo ou com certas drogas no tocante de que
tenderá cada vez com mais frequências buscar poder e prazer com os espíritos.
Se você acredita que corre o risco de perder o controle com a sensação de
poder, este sistema não é para você.
Depois desse resumo, acho que você deve ter aprendido como invocar um espirito!!!
Fontes:
Conteúdo retirados do site ocultura:
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